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6 mulheres que fazem da luta contra a corrupção uma luta por direitos

Confira histórias de ativistas que atuam em defesa da democracia e da transparência no Brasil, em busca de um país mais justo

A luta contra a corrupção não acontece sem a presença de mulheres. Sejam ativistas, políticas, denunciantes ou educadoras, elas têm papel fundamental na construção de uma sociedade mais justa.

E são elas as que sofrem desproporcionalmente mais com a corrupção, que aprofunda a desigualdade de gênero, impede o empoderamento feminino e viola direitos. Não faltam exemplos de como isso acontece: extorsão sexual, ataques misóginos contra jornalistas e tentativas de enfraquecer a participação de mulheres na política são apenas alguns.

Do interior do Piauí ao litoral da Bahia, trazemos nesta série as histórias de seis mulheres que representam o que é a luta contra a corrupção: uma luta por direitos. Elas estão na linha de frente dessa batalha, trabalhando todos os dias em defesa da transparência, da integridade e da participação da sociedade nas decisões de interesse público.

Márcia Bresolin

Márcia Bresolin é mãe, técnica em administração de empresas e coordenadora executiva do Observatório Social do Brasil – São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. A sua relação com a luta por direitos começou ainda muito cedo, quando sentiu na pele a desigualdade causada pela ausência do poder público onde morava e como a corrupção afetava diretamente sua própria vida e de sua família.

Em 2017 ela teve seu primeiro contato com o trabalho dos Observatórios Sociais do Brasil, uma rede de organizações que promovem a melhoria na gestão pública, e, desde então, vem se dedicando a promover o combate à corrupção e o controle social na região onde mora.

A presença da sociedade civil no debate público é fundamental para a democracia. Acompanhar o trabalho das instituições, os gastos do poder público e ter voz no processo legislativo, por exemplo, fortalecem o sistema democrático.

Como ativista anticorrupção, Márcia revela que enfrenta grandes desafios na sua jornada, como é o caso da falta de acesso à informação e colaboração por parte do poder público. Mas ela se orgulha da sua trajetória até aqui:

Tenho convicção que meu esforço faz diferença no todo. E a luta contra a corrupção faz parte dos meus princípios pessoais.

Para ela, combater a corrupção significa lutar contra o que alimenta a desigualdade, gera injustiça e impede o desenvolvimento. E Márcia acredita que, por meio da informação e da transparência, é possível defender os diretos e a cidadania de todos.

Márcia ainda reconhece o papel de destaque das mulheres na luta por direitos, tanto pelo espírito de coletividade, quanto pela sensibilidade. “Agimos sempre com a criatividade aliada ao desejo de solucionar os problemas complexos, mas, sobretudo, pela relação contínua de indignação frente às injustiças geradas pela corrupção”.

Ao lado de tantas outras mulheres no Brasil e no mundo, Márcia se dedica à construção de uma sociedade mais justa, onde a corrupção não continue roubando oportunidades e retirando direitos da população.

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